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Fiscalização Rodoviária

3 aspectos fundamentais para fiscalizar vias

Rafael Marana Scala
11 de outubro de 2024 Tempo: 5 minutos
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Realizar o controle de tudo o que acontece nas vias, desde acidentes, elementos da faixa de domínio até a qualidade dos pavimentos, faz parte das atribuições do DNIT, no caso de rodovias federais, e dos DER’s no caso das estaduais. Como o modal rodoviário é o maior responsável pela circulação de cargas e pessoas no país, fiscalizar vias, se apresenta como uma tarefa complexa, que depende de organização e investimentos em bons métodos de gestão.

Apesar dos desafios, existem alguns pontos essenciais que, se bem gerenciados, podem ajudar os gestores públicos a fiscalizar vias com mais eficiência e mantê-las sempre em boas condições para os usuários, além de tornar mais assertivos os investimentos e melhorias a serem realizados. Neste artigo, vamos elencar três aspectos fundamentais para otimizar a fiscalização das estradas. Contar com diferentes meios para captar dados referente às rodovias, organizar e atualizar as informações coletadas e o usar ferramentas digitais para melhorar a gestão da infraestrutura rodoviária são os grandes diferenciais para fiscalizar vias com competência. Saiba mais sobre cada aspecto:   

1. Ter meios variados para coletar os dados referente às vias

O trabalho de fiscalizar vias engloba várias frentes. Uma delas é conhecer os detalhes de tudo o que envolve a infraestrutura das estradas e as ocorrências em trechos mais críticos. Para isso, é preciso ter dados variados, por exemplo:

  • A qualidade de diferentes trechos das estradas;
  • Elementos que estão em faixa de domínio, como construções, sinalizações e outras permissões de uso ou mesmo das irregularidades;
  • O número de acidentes e trechos onde há maior incidência deles.

Juntas, estas informações darão base para o restante das atividades e permitirão que a gestão consiga ter um controle maior sobre onde é preciso agir, seja autuando as irregularidades ou realizando manutenções e novas obras de melhorias.

Mas de que forma os dados são coletados? É possível contar com várias ferramentas, como:

  • Registros em vídeo para um levantamento visual das estradas;
  • Apurar por meio de pesquisas o grau de satisfação do usuário de rodovias e os principais pontos a serem melhorados;
  • Monitorar o volume diário de veículos;
  • Levantar junto a Polícia Rodoviária e Detran os números e características sobre os acidentes;
  • Inspecionar o funcionamento das praças de pedágio.

É claro que muitas destas formas de coleta levam em conta e dependem do trabalho dos fiscais, que atuam in loco captando informações. Por isso, dar boas condições para que estes profissionais desempenhem sua função de fiscalizar vias é fundamental para a eficiência da tarefa.

Além de contar com uma equipe estruturada, que possa cobrir a grande quantidade de trechos, dispor de equipamentos como drones, câmeras de vídeo, sensores, tablets entre outros para facilitar o levantamento de dados. Assim, os fiscais podem buscar e comunicar com mais precisão e agilidade as informações sobre tráfego, serviços e ocorrências de incidentes, obstrução nas vias, o estado de equipamentos como radares, placas, painéis de mensagem e eventuais deficiências no asfalto ou nas estruturas da rodovia.

2. Organizar e manter as informações atualizadas sobre vias

Depois de coletadas as informações, o passo seguinte é mantê-las organizadas e atualizadas para consultas futuras e poder gerar os relatórios de report da malha rodoviária. Este é um fator crucial para a tomada de decisão assertiva. Isso porque, se as informações a serem consultadas não forem precisas e não refletirem a real condição das rodovias, não será possível saber em que trecho é necessária uma intervenção, seja construindo uma nova pista, melhorando uma sinalização, um pavimento, ou retirando algum elemento da faixa de domínio que possa prejudicar a segurança dos motoristas. 

Além da segurança, a fiscalização da faixa de domínio também está ligada a outra questão: a concessão de uso do espaço. Órgãos públicos e concessionárias podem autorizar a utilização desta faixa, de forma temporária ou permanente, por serviços públicos ou particulares – de torres de telefonia até acessos a construções como galpões e postos de gasolina.

Mas esta permissão depende de regras específicas e do pagamento pelo uso, e caso estas condições não sejam cumpridas, o solicitante do espaço pode ser multado. Ou seja, novamente, é preciso contar com informações corretas e sempre atualizadas para fiscalizar vias e faixas de domínios, sem deixar que irregularidades sejam cometidas ou não penalizadas.

 3. Investir em ferramentas para a gestão global da malha rodoviária 

Fazer manualmente todos os registros de informações coletadas na rodovia, além de bastante trabalhoso, aumenta a chance de erros, podendo causar retrabalho e reports desatualizados aos fiscais de campo. Nesse caso, investir em ferramentas digitais, como softwares específicos de gestão de infraestrutura rodoviária, ajudam a unificar o processo de coleta de dados e a sistematizar as informações, além de permitir a atualização constante dos dados. 

Estas soluções inteligentes facilitam o processo de gerenciamento, fiscalização e manutenção das pistas, pois mantém um banco de pesquisa com dados relevantes para relatórios, gestão do tráfego e de manutenções necessárias. Para o trabalho dos fiscais esta é uma ferramenta de fundamental importância: por um lado, eles podem enviar de forma online e em tempo real  (tablets e smartphones substituem as pranchetas) informações coletadas nas rodovias; por outro, sempre podem se orientar com precisão pelos registros já feitos para realizar uma inspeção específica em algum trecho ou faixa de domínio. 

Para a gestão, a ferramenta aperfeiçoa o modo de coleta e organização das informações, que estarão em uma única plataforma. Assim, pode-se tomar decisões com mais agilidade e assertividade, já que as informações estão disponíveis a todos e de forma muito mais organizada. Dessa forma, os gestores devem considerar a implantação de sistemas automatizados como um meio de fiscalizar vias com mais eficiência, ganhando tempo e correção no levantamento de dados, podendo mantê-los sempre atualizados.

Executivo de Novos Negócios na Softplan Setor Público, focado no segmento de infraestrutura e transportes. Formado em Engenharia de Controle e Automação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é especialista em desenvolvimento de novos negócios no segmento de Mobilidade Urbana e Gestão de Infraestrutura há mais de 10 anos.

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