A construção e a manutenção de obras públicas são determinantes para o progresso econômico e social de um país. Infraestruturas como escolas, hospitais, rodovias, redes de saneamento e moradias impactam diretamente a qualidade de vida da população. No entanto, o setor ainda enfrenta entraves recorrentes: atrasos, estouros de orçamento, dificuldades de fiscalização e paralisações são desafios frequentes no cotidiano da administração pública.
Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) revelam que cerca de 38% das obras públicas federais sofrem algum tipo de interrupção. Na maioria dos casos, os principais fatores são o planejamento insuficiente, problemas contratuais ou limitações orçamentárias. Esses gargalos não apenas comprometem o uso adequado dos recursos, como afetam diretamente o acesso da população a serviços essenciais.
Para enfrentar esse cenário, gestores públicos têm recorrido a métodos mais estruturados de monitoramento, com base em dados confiáveis e em tecnologias que permitem acompanhar cada etapa da obra — do planejamento à execução. O objetivo é aumentar a previsibilidade das entregas e garantir mais transparência, controle e qualidade na gestão das obras públicas.
Indicadores para acompanhar o desempenho da gestão de obras públicas
Gerenciar bem uma obra pública vai além do controle de prazos e orçamento. É preciso adotar métricas que considerem a qualidade da execução, a prestação de contas e o impacto social gerado. Veja os principais elementos que contribuem para esse acompanhamento:
- Cumprimento de cronograma: permite avaliar se os projetos estão sendo executados dentro do prazo previsto, apontando gargalos operacionais que podem gerar custos adicionais e atrasar os benefícios esperados.
- Tempo médio para aprovação de medições: mede a agilidade na liberação de pagamentos para as empresas responsáveis pela obra. Processos burocráticos longos podem paralisar intervenções fundamentais.
- Uso do diário de obras: esse registro cotidiano reflete o controle da execução e serve como ferramenta legal e operacional para tomada de decisão e acompanhamento técnico da obra.
Além dessas métricas, fatores externos como ciclos de investimento, decisões políticas e normas de órgãos reguladores também influenciam diretamente a produtividade das obras públicas.
O papel da tecnologia na transformação da gestão de obras públicas
A digitalização da administração pública tem sido uma aliada na superação de muitos desses desafios. Plataformas especializadas em gestão de obras públicas permitem o acompanhamento em tempo real do status das obras, com funcionalidades como controle orçamentário, aprovação de medições, diário digital e dashboards de desempenho.
Essas soluções têm facilitado o planejamento estratégico, a fiscalização de contratos e a gestão transparente de recursos. Um exemplo disso é o uso de sistemas como que centralizam dados, otimizam o trabalho das equipes técnicas e permitem que os órgãos públicos tomem decisões baseadas em evidências.
Com mais previsibilidade e integração, os gestores conseguem não apenas cumprir suas metas, mas também entregar projetos com maior impacto positivo para a sociedade.
Conclusão
A produtividade na gestão de obras públicas depende da capacidade dos gestores em aplicar dados, controlar processos e garantir transparência em cada etapa do projeto. Com a adoção de indicadores bem definidos e o apoio de tecnologias especializadas, é possível ampliar a previsibilidade das entregas, evitar desperdícios e melhorar a qualidade da execução.
Projetos bem planejados e acompanhados com rigor geram benefícios concretos para a população e fortalecem a confiança na administração pública. O uso inteligente da informação e o apoio de plataformas digitais têm se mostrado diferenciais importantes para quem busca transformar a gestão de obras em resultados consistentes e duradouros.
Quer entender como uma plataforma de gestão pode ajudar sua equipe a ter mais controle e agilidade na execução de obras públicas? Fale com um dos nossos especialistas e conheça soluções que estão transformando a realidade de prefeituras, secretarias e autarquias em todo o Brasil.
Esse artigo foi escrito em colaboração com Tiago Melo.
Rosi Fabiane Moro é product owner em sistemas com foco em gestão de obras públicas da Softplan Setor Público, onde trabalha há mais de 15 anos. Possui sólida experiência como líder de produtos digitais, análise e desenvolvimento de sistemas. Graduada em Ciências de Computação pela UFSC e especialista em gestão Empresarial e Big Data.