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Transformação Digital do Setor Público
ESG

Como avaliar a performance da gestão pública com 5 indicadores chave

Fernando Naim
16 de julho de 2025 Tempo: 3 minutos
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A administração pública lida diariamente com uma grande variedade de processos e demandas — tanto internas, vindas de servidores e gestores, quanto externas, originadas da sociedade, empresas e outros órgãos. Melhorar a forma como esses fluxos são organizados e respondidos é uma necessidade urgente para a modernização da administração pública, não apenas do ponto de vista da produtividade, mas também da qualidade dos serviços oferecidos à população.

Problemas como burocracia excessiva, baixa digitalização e ausência de padronização seguem como desafios relevantes, afetando diretamente a agilidade, a previsibilidade e a transparência das entregas públicas. Nesses contextos, os efeitos se fazem sentir tanto na rotina dos servidores — que enfrentam dificuldades para realizar tarefas básicas — quanto na experiência do cidadão, que muitas vezes precisa lidar com longos prazos, falta de retorno e baixa transparência.

O papel da digitalização e automação na administração pública

Automatizar processos e digitalizar fluxos são etapas fundamentais para uma administração mais inteligente e conectada. Soluções tecnológicas permitem eliminar tarefas manuais repetitivas, aumentar a previsibilidade das entregas e melhorar a gestão com base em dados confiáveis. Organizações públicas que adotam ferramentas para gestão de processos — como plataformas de Business Process Management (BPM) — conseguem estruturar seus fluxos com mais clareza e mensurar resultados com maior precisão.

Conectar tecnologia à gestão não é apenas uma modernização de ferramentas, mas uma mudança na forma de operar e entregar valor à sociedade. Essa mudança permite não só mais controle, mas também mais capacidade de avaliação e evolução contínua dos serviços prestados.

Indicadores chaves para avaliar a administração pública

A adoção de indicadores de desempenho é indispensável para acompanhar a performance da gestão pública e identificar pontos de melhoria. Os principais são:

  1. Índice de Atendimento à Demanda (IAD) : mede a proporção entre demandas encerradas e abertas em um determinado período. Um IAD elevado indica boa capacidade de resposta da instituição, enquanto valores baixos sinalizam acúmulo ou lentidão na resolução de processos;
  2. Disponibilidade de Assuntos Externos no Portal: reflete o quanto os serviços digitais estão acessíveis ao cidadão. Um alto percentual indica maturidade digital e compromisso com uma administração pública mais transparente e orientada ao cidadão;
  3. Tempo Médio de Atendimento (TMA): indica a agilidade com que os órgãos tratam suas demandas. Quanto menor o tempo médio, maior é a capacidade de resposta institucional;
  4. Taxa de Congestionamento: mostra a relação entre demandas resolvidas e pendentes. Uma taxa elevada pode representar gargalos operacionais e necessidade de redistribuição de fluxos internos;
  5. Duração dos Processos em Andamento: avalia quanto tempo, em média, os processos permanecem abertos antes da sua conclusão. É um indicativo claro da eficiência operacional e da fluidez no trâmite interno das solicitações.

Dados para decisões mais inteligentes

A análise desses indicadores permite uma gestão mais proativa e orientada por dados. Ao compreender os gargalos e os pontos fortes de sua operação, os órgãos públicos conseguem planejar melhor a alocação de recursos e aprimorar seus processos continuamente. Para que essa mensuração seja efetiva, é essencial contar com soluções tecnológicas que centralizam dados, integram áreas e fornecem dashboards com visualização clara de metas e resultados.

Ferramentas que apoiam a gestão de processos administrativos, como sistemas com recursos de modelagem de fluxos, automação de tarefas e controle documental, têm se mostrado aliadas valiosas na melhoria contínua da performance da gestão pública.

Conclusão

A busca por desempenho na gestão pública não se limita a atingir metas administrativas. Trata-se, acima de tudo, de um compromisso com a sociedade. Respostas mais rápidas, serviços digitais acessíveis e processos internos mais organizados se traduzem em melhor atendimento ao cidadão e mais confiança no serviço público.

Ao adotar uma cultura de gestão por indicadores e priorizar a digitalização dos processos, os órgãos públicos constroem uma administração mais preparada, responsiva e eficiente — não apenas como meta operacional, mas como base para uma relação mais próxima e produtiva entre governo e sociedade.

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Esse artigo foi escrito em colaboração com Tiago Melo.

Graduado em Ciência da Computação e com MBA em Gerenciamento de Projetos, Fernando Naim é especialista e Product Owner em Soluções de Government Process Management (GPM) da Softplan, onde atua há mais de 10 anos. Ao longo de sua trajetória, exerceu funções de gestor de projetos, coordenador e PO, liderando importantes iniciativas de Transformação Digital no Setor Público.

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